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  • Foto do escritorCasa da Cultura de Paraty Câmara Torres

CRÔNICAS DE PARATY - A fotografia em Paraty

Atualizado: 8 de mai. de 2020

#3 CRÔNICAS DE PARATY: A fotografia em Paraty

Por João Apolônio dos Santos Pádua Neto (1945 – 2020)


Alguns, pelo espírito amadorista e suas paixões, fotografavam pessoas, casas, vistas diversas de nossa cidade, transmitindo-nos recordações de épocas passadas através de suas fotos. Penso que um dos mais antigos fotógrafos de nossa cidade foi o Sr. João Miranda, pois existem fotos do início de 1900. Até o Dr. Samuel Costa foi um aficionado por fotografia.

Pela década de 30, por aqui apareceu o Sr. Bastos, fotógrafo que deixou registradas inúmeras fotografias de nossa gente e cidade, conheceu uma senhorita de nossa sociedade que levou-a ao altar e partiram daqui para o Rio de Janeiro, por volta do início de 1940. A Vicki, que nós conhecemos, é sua filha e moradora em Paraty. Nos anos 40, surgiu o Sr. Irênio Marques, que era Coletor Federal em nossa cidade e tinha o hobby pela fotografia, nos legando diversas fotos que se encontram com seus ascendentes. Já em 50, tivemos o Sr. Lessa e sua esposa D.ª Maria, que residiam na casa onde é hoje o Restaurante Chafariz. Com relação a esse casal, traz-me à memória, quando tinha por volta de 14 anos, uma foto que a D.ª Maria retratou-me para a Caderneta do Ginásio. A foto ficou tão boa que me senti lisonjeado, parecendo um galã de cinema, por estar tão elegante na mesma.

Em 1960, surgiu em nossa cidade o Sr. Domingos Miranda, casado com a Sr.ª Celina, e que aqui passaram a residir. O Sr. Domingos, dentre tantas fotos que tirou, uma ficou marcada em minha memória: a de uma porta toda envelhecida e carcomida pelo tempo num muro antigo e cheio de limo. Passei por ali diversas vezes, como todo mundo, e nunca reparei nela, mas ao ver a fotografia daquela porta no muro, fiquei impressionado pela sua beleza - era o olhar do artista.

Por volta dos anos 70 surgiu o Sr. Felipe, localizado à Rua do Comércio. Talvez na mesma época apareceu o Dito Paulo, estabelecendo-se de início no sobrado dos Calixto e tempo depois transferiu-se para o sobradinho na Rua Santa Rita. Marcou muito as fotos do Dito Paulo, quando ele retratou o goleiro Paschoal saltando para pegar a bola, quase na altura do travessão do gol; e a do Chiquinho da Xerox, no salto parecia um colibri pairando no ar. É possível que de algum apaixonado pela fotografia eu tenha esquecido, mas a todos que nos deixaram uma saudosa lembrança de nosso passado - os artistas da fotografia - os nossos sinceros agradecimentos.

Fotografia: Salto do goleiro Paschoal por Dito Paulo, década de 70.


 
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