A mostra "Aquarelar - 60 anos de Paulo Gomes”, com abertura no dia 5 de julho, na Casa da Cultura de Paraty, celebra seis décadas dedicadas ao verbo favorito do artista. A mostra vai apresentar uma retrospectiva de sua jornada artística dedicada à pintura ao ar livre, com ênfase nas paisagens de Paraty
"Quem pinta ao ar livre não copia, e sim retrata o que está vendo e sentindo", diz Paulo Gomes. O artista, mestre do plein air, a arte de pintar ao ar livre, inaugura sua mais recente exposição na Casa da Cultura de Paraty, celebrando seis décadas dedicadas à aquarela. Com abertura no dia 5 de julho, sexta-feira, às 19h, a mostra promete encantar o público com uma seleção de pinturas que capturam a essência das paisagens paratienses, cidade-musa que Gomes escolheu como lar desde 1980.
A exposição vai trazer mais de 70 obras, a maior parte delas de Paraty, com exceção para algumas paisagens do Rio Antigo. Suas aquarelas revelam uma profunda conexão com os cenários naturais, eternizando momentos com uma paleta que dança entre luz e cor. Em especial, as pinturas que retratam Paraty documentam diversas fases da cidade, entre marinhas, igrejas e o casario histórico, renovados sob o olhar de Gomes.
"Eu me sinto paratiense, apesar de ter nascido no Rio. Sou grato a cidade por ter me acolhido. Conheço as famílias tradicionais de Paraty, o respeito que tenho por elas e elas por mim é o que mais vale”, diz o artista.
Trajetória artística
Paulo Gomes nasceu no Rio de Janeiro, em 1950, no bairro da Penha. Decidiu ser pintor aos 9 anos e, desde os primeiros desenhos e cursos, não mudou de ideia. Aos 18, descobriu a paixão pela aquarela ao cursar a Sociedade Brasileira de Belas Artes, no Rio de Janeiro. "A aquarela é uma arte que me desafia, porque não permite errar ou apagar", diz ele.
Além de pintor, Gomes também é percussionista e vivencia intensamente o verbo "festar", do dialeto de Paraty. Sempre ligado à música, conta que, na juventude, dividiu um apartamento com a violonista Rosinha de Valença, e conviveu com grandes nomes da música brasileira como Gal Costa, Maria Bethânia, Leny Andrade e Paulo Moura. "O artista é artista porque tem pensamento, atitude e comportamento de artista. Não é o que ele faz que o torna artista. Tudo o que faço, me proponho a fazer com arte", diz.
Entre os desafios da aquarela e do desenho técnico, especializou-se em cartografia mineral, traçando mapas do fundo do mar para empresas multinacionais, ao mesmo tempo em que aprimorava suas aquarelas. Em 1974, viajou para Paraty e se encantou com a atmosfera artística e boêmia da cidade, famosa como reduto de intelectuais e pintores modernistas como Djanira. Aos poucos, conectou-se com artistas locais, galeristas, e foi acolhido pelas famílias da região. Vendo em Paraty a oportunidade de viver de sua arte, estabeleceu-se na cidade em 1980.
Aos 74 anos, pai de quatro filhos e avô de oito netos, Paulo Gomes celebra sua jornada artística que, embora envolva outras paisagens e lugares mundo afora, tem Paraty como cenário mais frequente. “Essa exposição é um reconhecimento da minha história com a cidade, que acima de tudo é um lugar onde gosto de estar, afinal, ninguém fica onde não gosta”, diz. Quando não está em alguma esquina com seu cavalete, ele pode ser visto nos bares, tocando com amigos, ou no Atelier da Casa da Árvore, refúgio suspenso que construiu durante a pandemia.
Na aquarela do Brasil de Paulo Gomes tem samba e pandeiro e uma paleta de sensações em que arte e ritmo se encontram em harmonia. A exposição “Aquarelar —60 anos da arte de Paulo Gomes”, é uma celebração desta jornada imersiva, em que o verbo aquarelar rima com lar e festar, em retratos vívidos das paisagens que são sua fonte inesgotável de inspiração. Com entrada gratuita, a mostra estará aberta ao público de 5 de julho a 1º de setembro de 2024.
Sobre a Casa da Cultura de Paraty
Abraçada pelo Centro Histórico, em um casarão de 1754, a Casa da Cultura de Paraty é o principal equipamento cultural da cidade histórica e da região da Costa Verde. Ao longo de três décadas de existência, desempenha um papel vital na comunidade, resgatando memórias e oferecendo uma ampla e contínua programação que abrange exposições, eventos, oficinas e atividades educativas.
Através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, a Casa da Cultura de Paraty conta com o patrocínio do Grupo Globo, patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, apoio da EZZE Seguros, Innova, Farmacêutica EMS, Grupo Águas do Brasil, Pousada Literária de Paraty, Fazenda Bananal, Sandi Hotel, apoio institucional da Fundação Roberto Marinho e Prefeitura de Paraty.
Confira abaixo o catálogo da exposição:
Exposição
Aquarelar – 60 anos da arte de Paulo Gomes
De 5 de julho a 1º de setembro de 2024
Abertura: 5 de julho, sexta-feira, 19h
Entrada gratuita
Casa da Cultura de Paraty
Rua Dona Geralda, 194, Paraty - RJ - CEP: 23970-000
Visitação: Terça a sábado, das 10h às 18h, Entrada gratuita
Contato: +55 (24) 99238 4737
IG @casadaculturaparaty
Informações para a imprensa:
Rosane Queiroz
tel. 11 - 96081-8447
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