Saci-pererê, Boto Cor-de-Rosa, Iara Mãe D’Água, Boitatá e Mula Sem Cabeça, são algumas das criaturas mitológicas do folclore nacional apresentadas aos brasileiros logo na infância, em contos e “causos” passados de geração para geração.
Interpretar e trazer essas figuras para o universo adulto foi um dos desafios de Marcos Troncoso, ao criar as 7 telas em têmpera vinílica que compõem a exposição “Folclore”, promovida pela Associação Paraty Cultural, na Casa da Cultura, em Paraty, de 12 de maio a 12 de junho de 2017. São diversas lendas em cada quadro, mescladas a cenas de festas folclóricas, como Bumba-meu-boi e Festa do Divino, retratadas de maneira lúdica, intensa e teatral. “Imagino que as pessoas vão encontrar vários personagens do folclore em cada tela”, diz o artista.
Natural de Santos (SP), o artista-plástico Marcos Troncoso está prestes a completar 50 anos de carreira, em 2018. Formado pela Faculdade de Artes Plásticas de São Paulo, atuou por mais de uma década como cenógrafo de cinema, teatro e televisão. Como artista, conta que sempre que possível procurou expor em casas de cultura e espaços culturais públicos, para tornar sua arte acessível. “Nem todo mundo tem acesso a galerias e museus”, ressalta. Atualmente, vive e mantém seu ateliê em Bertioga, no litoral norte paulista. Sua pintura figurativa contemporânea integra acervos importantes como o da Pinacoteca da cidade de São Paulo.
As 7 telas (de 1m x 1,20 m, cada) da exposição “Folclore” captam o olhar não apenas pelas dimensões, mas pela riqueza das cores e referências buscadas pelo artista, desde que decidiu versar sobre o tema, em 2015. “Percebi que o folclore era um tema esquecido ou pouco abordado, mas fortemente presente no nosso imaginário”, diz Troncoso.
A série, inédita, será apresentada ao público pela primeira vez, na Casa da Cultura, em Paraty, para depois seguir de forma itinerante por outros espaços culturais Brasil afora. “Estou curioso para ver a reação do público, e feliz ao ver essa exposição acontecer na Casa da Cultura, um espaço nobre em uma cidade que admiro”, diz o artista. A mostra traz uma releitura temática contundente, com menções aos ritmos de Samba, Frevo e Maracatu, compondo imagens figurativas de diversos segmentos do folclore brasileiro.
Produção Emanuel Gama
Curadoria: Fernando Fernandes
Texto: Rosane Queiroz
Sinalização: Leonardo Assis
Fotos: Davi Paiva
Abertura: 12 de maio de 2017
Encerramento: 02 de junho de 2017
Sala Samuel Costa
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