O nome não deixa dúvidas: Julio Paraty é um artista da cidade.
Sua história com a pintura começou cedo, aos doze anos, quando teve aulas com a professora Djanira, nome respeitado de Paraty. Julio conta que muito do que aprendeu foi graças a ela, que foi grande incentivadora e mestra. Os dois se conheceram nos anos 60, quando Djanira estava produzindo um painel para a Festa do Divino – que hoje está no Palácio do Governo de São Paulo. “Ela me perguntou se eu preferia jogar bola ou pintar com ela. Imagine, fiquei radiante ajudando na pintura daquele painel! Tudo isso foi aos meus doze anos!”, recorda o artista.
Apesar de ter começado muito novo, foi só nos anos 90 que Julio passou a viver de sua arte. Após uma temporada em São Paulo, voltou a Paraty nos agitados anos 70. Inquieto e curioso, naquela época experimentou diversas formas de expressar sua veia artística, inclusive no cinema. “Fiz direção de arte no filme ‘O Princípio do Prazer’, de Luiz Carlos Lacerda, e depois a cenografia de ‘República dos Assassinos’, de Miguel Faria. Fiz o figurino de ‘Chico Rei’, do Walter Lima Jr., com o qual ganhei o prêmio no Festival de Brasília. Fui até ator, tudo para sobreviver e poder continuar pintando.”
O persistência deu resultados. Em sua trajetória, foram cerca de trinta exposições individuais, incluindo uma mostra no Antiquário Chafariz, em 1971, e outra no Centro Cultural São Paulo, em 1984. Em 2014, foi homenageado na 11ª Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que reproduziu suas obras que retratam festas tradicionais da cidade.
Abertura: 10 de dezembro de 2014
Encerramento:1 de março de 2015
Sala Dona Geralda
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