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  • Foto do escritorCasa da Cultura de Paraty Câmara Torres

LINHAS DE CONFRONTO

14 DE AGOSTO A 13 DE SETEMBRO DE 2015 | Sala Samuel Costa



Linhas de confronto é um projeto de exposição coletiva que toma como ponto de partida a linha enquanto conceito poético na configuração social em que a arte contemporânea está inserida; formas de fazer e refletir processos artísticos.


A proposta traça um paralelo entre diferentes produções autorais que compartilham da linha como signo: demarcação topológica, simbólica e imaterial, através de linguagens como a pintura, desenho e instalação. Conjuga o processo criativo de cinco artistas dividindo um desejo comum de mapear a linha para além de suas conformações meramente visuais.


Este diálogo e mapeamento se enreda na complexidade das relações socioeconômicas advindas de uma intensa profusão e saturação imagética estabelecidas em nossa sociedade contemporânea. Por forças hegemônicas que procuram conformar indivíduos segundo gêneros e padrões aceitos e vendidos pelos meios de comunicação de massa. Lógica do mercado de trabalho e sua vigilância entre o tempo livre e o tempo produtivo de seus funcionários. Na invariabilidade com que diferentes agentes atuam sobre os corpos, cada vez mais contidos e condicionados em inúmeras esferas sociais. Esse é o palco onde se desenrola a intersecção de linhas distintas porém análogas, linhas que expandem, contraem e formam a natureza dinâmica do fazer político em nosso tempo, aspectos que dizem também ao ofício do artista como propositor, em sua construção de sentidos e participação transformadora na cultura, organizando choques suscetíveis de expor estruturas conflitantes vigentes.


Os artistas reunidos neste projeto partem de práticas que atravessam numerosos campos de linguagem, fazendo da experimentação um protocolo que perfaz suas criações artísticas através de gestos, ações e sonoridades. A pertinência desses fazeres à contemporaneidade se apoia no uso crítico e sensível das linguagens artísticas como plataformas de visibilidades poéticas alinhadas em um discurso de denúncia, – denúncia ante os padrões meramente formais que insistem em esvaziar o discurso político da arte, que torna o seu debate na esfera pública insuficiente.

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