Natalino Silva, paratiense que, menino ainda, começou a fazer as coloridas máscaras de papel machê como era tradicional em Paraty. A diferença é que ele, artista por natureza, transformou aquelas alegorias de carnaval em obras de arte. Aquelas máscaras, desenhadas em papel de beiço, (papel usado para maquiagem das mulheres no passado) foram a base de seus primeiros trabalhos. O menino cresceu e das máscaras, passou a fazer alegorias para a tradicional escola de samba do município, Vila de Paraty. De suas mãos nasceram carros alegóricos e adereços. Naquela época, realizou com outros artistas de Paraty uma exposição na igreja capelinha. Todos os trabalhos foram vendidos. Certamente, encontraremos em muitos cantos do mundo as suas máscaras. Além de artista, Natalino era proprietário de uma farmácia. Com isso, o tempo para a arte foi cando escasso e ele, desde os anos 80, deixou de produzi-las. As pessoas que já o conheciam, o procuravam em casa para comprá-las.
Ele guardava uma lista de ilustres compradores: Ney Matogrosso, Paulo Autran, Maria Della Costa, entre outros. Quando aposentado, retomou sua arte. No silêncio do sótão da sua casa no Centro Histórico, voltou a criar. Seu trabalho é singular, por isso, organizamos essa exposição para que os visitantes conheçam um pouco mais desse emblemático artista.
Como merecida homenagem batizamos o espaço de exposição da esquina de sala Natalino Silva.
Curadores: Lúcio Cruz e Patrícia Gibrail
Abertura: 27 de dezembro de 2013
Encerramento: 10 de março de 2014
Sala Dona Geralda
Comentarios