Um mergulho na história da arte moderna
O conceito de que os cidadãos devem ter acesso e direito de desfrutar de objetos de arte nasceu na Grécia antiga. Pinacothêkê, coleção de quadros de diferentes épocas. Com obras de pintores consagrados como Djanira, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Frank Schaeffer, Armando Viana, entre outros, Paraty também tem o seu museu de pinturas.
A Pinacoteca Marino Gouvêa foi criada em 1983 e conta com relíquias culturais de valor imensurável. Seu acervo inicial foi doado à cidade, aos cuidados do Instituto Histórico e Artístico de Paraty, pelo marchand paulista e proprietário da primeira galeria de arte da cidade, Marino Gouvêa. Inaugurada no segundo andar da igreja Matriz, ao longo dos anos foi sendo enriquecida com doações de artistas que aqui passavam, pintores paratienses e outros colaboradores.
Na década de 1990, a pinacoteca sofreu um duro golpe com o furto de dois importantes quadros, até hoje não recuperados. Um desenho de Anita Malfatti e Festa de São João, de Djanira. Após o incidente o acervo foi restaurado pelo IHAP e transferido para a antiga Cadeia Pública da cidade, mas o local ainda não era apropriado.
Com a restauração do antigo paço municipal, parte desse patrimônio artístico foi exposto ao público, mas o espaço precisou ser utilizado pela Câmara Municipal. Por cerca de um ano a pinacoteca permaneceu inacessível. Agora, a Casa da Cultura apresenta aos visitantes essa mostra especial com obras de Clóvis Graciano, lóio-Persio, Gastão Manuel Henrique, D. João de Orleans e Bragança, João José da Silva, Julio Paraty, entre tantos outros. A exposição ‘Pinacoteca Marino Gouvêa’ resgata parte da história da arte moderna e reafirma a importância da definição de um local apropriado e acessível à população para abrigar definitivamente essa riqueza da cidade.
Texto: Davi Paiva
Abertura: 28 de novembro de 2017
Encerramento: 03 de março de 2018
Salão Nobre
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