Conhecido simplesmente por Silvinho, Silvio Cezar de Oliveira é um paratiense de “quatro costados” e, exatamente por esta razão, um sensível e autêntico caiçara.
Trabalha na Secretaria Municipal de Turismo e foi câmera man da extinta Eco TV em Paraty. Neste contato com os mais variados artistas e as lentes das câmeras, percebeu a beleza das formas da natureza e suas variadas nuances.
Na infância e na adolescência, tomava banhos de rio, cachoeiras e mar; andava pelas matas a apanhava frutas silvestres. Foi nesta fase que conheceu a “totoa”, da qual fez uso em suas brincadeiras. A totoa é, parece-me, um termo paratiense, a base da palma (folhas) dos coqueiros. Com ela ele deslizava, como se fora um esqui, morro abaixo ou do barranco dos rios para as suas águas.
Sua arte é múltipla e bela. As totoas se transformam em peixes imaginários, multicoloridos que, às vezes, nos lembram Volpe. Mas ele esmera-se sobretudo no variado pontilhismo de suas obras e que é a sua marca registrada.
Para lembrar-se do “tempo de soltar pipas” aí estão seus barcos-pipas.
Da experiência das câmeras exibem-se aqui dois de seus trabalhos de belíssimas e eloqüentes imagens.
Texto: Diuner Mello
Abertura: 3 de novembro de 2015
Encerramento: 14 de fevereiro de 2016
Sala Natalino Silva
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